sábado, 22 de julho de 2006

Parado no Tempo***

Perdido em meio aos seus desatinos
Estou caindo pelo precipício,
Amparado por nuvens sem destinos
Sou fardo sem fim nem início

Teu feitio se renova a cada estação
Congela as almas em fina chuva,
Dá-me o brilho do sol e folhas no chão
Seca as lágrimas com flores na rua

Põe rugas no rosto da princesa
Ruboriza de branco os fios meus
Veste luva para esconder a fraqueza
Ironiza o encanto dos olhos teus

E assim vai passando, infinito
Não existe trégua nem alento
Não se pode parar, vai seguindo
É triste estar parado no tempo

4 comentários:

Anônimo disse...

oi, adorei seu poema, álias me identifiquei, as vezes tbm acho que parei no tempo, ele vai passando e eu tenho tanta coisa pra fazer ainda, mas estou parada...me da desespero...

adorei !! ótimo, gosto de poemas que podemos nos identificar... vc sabe escrever sentimentos com lindas palavras... beijos

Anônimo disse...

"É triste estar parado no tempo"...

Mas é lindo ver e sentir as palavras desse moço! Eu vim aqui outras vezes, lí, relí... e literalmente parei no tempo.

Beijos na alma sir William!

kleine kaugummi disse...

não cai,
não perde,
não pára.

porque tudo passa, querido.

até mesmo a dor, inté amor.

e sobramos nós.

e eu, q continuo aqui, a sorrir,
pra ti.

Anônimo disse...

Hoje faz sol, faz calor e há várias faixas de luz espalhadas pelo chão do quarto...
Mas quando eu entrei aqui, ainda sem ler, senti frio. Senti como se daquela paisagem quase imperceptivel viesse uma brisa gelada...
Meu rosto congelou a expressão por alguns segundos, não sei quantos e a respiração parou.
Não sei explicar, senti frio e o poema.. quando li... não soube comentar.

Beijos =*