sábado, 28 de julho de 2007

Telhado sem Sol***

O telhado não pára de cutucar
Nos vidros, as lágrimas transparecem
Chora apertado para não demonstrar
E dos livros, as páginas desaparecem

A tinta borrou a cor
Falta sal nesse meu almoço
Uma pinta e um anel para a flor
Como decifrar a cabeça desse moço?

Eram apenas dois que sabiam a verdade
A valsa, era de uma música só
Mas pouco depois vem a imensa saudade
O tempo passa e nada de sol

Desejarei tua alma e teu peito
Em algum lugar estará a sorrir assim
Não esquecerei nada, nem mesmo teu jeito
Pois sempre estará aqui, dentro de mim

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Dia de Princesa***

Hoje as estrelas se juntaram
Pousaram sobre teus pés delicados
As flores ao redor desabrocharam
Formaram filas dos dois lados

O sol deixou o mundo só para te receber
Raiou o dia só para te ver acordar
A lua não quis esperar escurecer
Colocou-se de lado para vê-la brilhar

As árvores se enrolam com o vento
O jardim se arruma para a grande festa
As aves cantam a todo momento
Toda poesia revive como esta

Hoje é um dia especial
Todos admiram tamanha beleza
E não existe ser mais angelical
Hoje é o dia de uma linda princesa


Homenagem àquela que a dona dos meus sonhos...
Feliz Aniversário Mariana, minha Princesa...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Aquela Paz***

O moço queria porque queria
Só você, era só você e nada mais
Queria desenhar os dias à sua maneira
Queria estampar a própria foto nos jornais

Moço meio bronco, gritos por nada
A única rosa do teu jardim não queria ouvir mais
Queria desdenhar os desejos com besteiras
Queria contemplar a serena manhã de um cais

O moço secava toda dia a sua alegria
Só você, era só isso que ele dizia e nada mais
Queria um mar onde pudesse repousar a vida inteira
Queria um lugar, para dali, não sair jamais

Moço meio santo, suspiros para o nada
A sua amada pede para ir e não voltar mais
Queria acordar e ver que tudo foi só uma brincadeira
Queria voltar a viver aquela breve e singela paz

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Cafajeste***

À noite, a cidade é mais
Portas abertas para os boemios
Eu não fico atrás
Vou logo me enfiando nesses becos

Começo no piano e termino no pandeiro
Meu relógio, deixo em casa
Meu refúgio é me deitar no banheiro
Já vou logo para a farra

Não ligo, nem ligo
Simplesmente não me incomode
Meu celular eu desligo
Hoje arrisco até um pagode

As garrafas já são muitas
Tenho amigos à primeira vista
Já quebrei uma ou duas
Tô encarando a mulata lá na pista

Hoje não tem pra ninguém
Sou o tal, o senhor valentão
Se quiser eu te beijo também
Mas no final quero você no meu colchão

Mas que história mal contada
Ah sim! Até parece!
Depois de cinco doses da boa
Tombei na cama desarrumada
"- Seu Cafajeste!"
Xiii...Lá vem a patroa...