Tinha o Seu João lá fora
Todo derramado na velha cadeira
Seu balanço não era de agora
Cansado debaixo da macieira
Dona Rosa molhava o avental
Lavava a louça passada na pia
Nem parecia véspera de Natal
Olhava para o sol que ardia
Seu João deitara na grama alta
Observava os pássaros nos galhos
Mas não descansava, sentia falta
E da cozinha, o cheiro forte de alho
Dona Rosa sabia do gosto do Seu João
Preparava tudo com carinho
Não precisava de data, fazia de coração
Prometeu para si que nunca o deixaria sozinho
As rugas do velho desenhavam um sorriso
Dona Rosa sabia para quem era
A mesa já estava posta como aviso
O verão descansava a primavera
Mas Seu João guardou a última flor
Ofereceu uma singela margarida
A casinha se encheu de amor
Uma flor para o amor da sua vida
Olhos marejados no rosto corado de emoção
Dona Rosa sempre soube que aquele Seu João
Era o verdadeiro dono do seu coração
Simplesmente sabia que aquele era o seu João!
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Papel para Sempre***
Cada dia que vai
Levo teu cheirinho tão doce
Pela noite que cai
Espero sentadinho pela pose
No banco de madeira no parque
Olhando para o céu estrelado
Esperando na beira até tarde
Ajeitando o chapéu meio de lado
E na inquietação dos joelhos
Que tira a atenção dos olhos d'água
Poça no chão que fingiu espelho
Vira atração nos olhos de mágoa
Dois pingos de prata sem alma
Em ondas que brotam dos passos
Lá vêm vindo apressada, sem calma
Nas sombras que disfarçam os traços
O banco de branco, madeira vazia
Vê par de anéis que inspira presente
Um sorriso esparramando na beleza que eu via
E os papéis sobre a mesa que nos juntam para o sempre
Levo teu cheirinho tão doce
Pela noite que cai
Espero sentadinho pela pose
No banco de madeira no parque
Olhando para o céu estrelado
Esperando na beira até tarde
Ajeitando o chapéu meio de lado
E na inquietação dos joelhos
Que tira a atenção dos olhos d'água
Poça no chão que fingiu espelho
Vira atração nos olhos de mágoa
Dois pingos de prata sem alma
Em ondas que brotam dos passos
Lá vêm vindo apressada, sem calma
Nas sombras que disfarçam os traços
O banco de branco, madeira vazia
Vê par de anéis que inspira presente
Um sorriso esparramando na beleza que eu via
E os papéis sobre a mesa que nos juntam para o sempre
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Dorme em Mim***
Dorme dentro de mim
Esqueça as palmeiras dançantes
A brisa traz teu sono enfim
Põe paz em teu semblante
O ranger da porta confunde o som
Meu peito se enche com teu ar
E te amar só poderia ser um dom
Presente de Deus foi te encontrar
Dorme sobre meu coração, feliz
Adormeça por inteira, meu amor
Brilha em sono sereno para mim
Supõe teu céu que me trouxe teu sabor
Meu bem querer, sem ti não sou
Invento-te em minha mente, um mar
E não despertar desse sonho bom
E do nosso amor, nasceu um lar
Esqueça as palmeiras dançantes
A brisa traz teu sono enfim
Põe paz em teu semblante
O ranger da porta confunde o som
Meu peito se enche com teu ar
E te amar só poderia ser um dom
Presente de Deus foi te encontrar
Dorme sobre meu coração, feliz
Adormeça por inteira, meu amor
Brilha em sono sereno para mim
Supõe teu céu que me trouxe teu sabor
Meu bem querer, sem ti não sou
Invento-te em minha mente, um mar
E não despertar desse sonho bom
E do nosso amor, nasceu um lar
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