sexta-feira, 22 de junho de 2007

Descida***

Ar com gelo e jeito de nada
Corpo cansado na beira da estrada
Noite em pó e uma lua repentina
Sereno e medo por dentro da neblina

De um lado, o branco
Do outro nem exergo, ando
Dois vaga-lumes que se tornam dor
Rosto no chão e horizonte sem cor

Muita gente, todas iguais
De repente estou nos jornais
Foi muito rápido, um segundo
Tentativas para se ouvir o mudo

Perguntei-me o motivo da discussão
Sem aguentar, quis descer como trovão
Não imaginava que ali haveria o nada
Por que desci naquela parada?

terça-feira, 12 de junho de 2007

Rotina***

Manhã atrasada como sempre
Pés com sono em meias de algodão
Levanta e corre a escovar os dentes
Lá embaixo tem leite e o velho pão

Dirige sem pensar no asfalto
Troca olhares com os ponteiros
Nem vê se hoje tem sol lá no alto
Nunca fui nem sere um dos primeiros

Mas toda essa correria traz uma surpresa
Voz suave que alimenta meus ouvidos
Fechando os olhos só se vê abeleza
Toda frase incerta termina com um suspiro

É o calor que vem nesse dia
Não é sol nem lua nem o mundo
É saber que os olhos se enchem de alegria
Saber que poderia ser por apenas um segundo

Não há amor sem fim nessa vida
Uma mão não pode caminhar só na estrada
Preciso do teu sorriso, minha querida
Agradeço cada dia por ser minha namorada!


Para minha namorada MARIANA, neste dia casual...