sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O que Havia no Mar***

Estava lá o moço
sem a fé habitual
sem o café matinal.
Tentava ser esboço

Com a mesma poesia
que outrora era verso,
deixou fora do universo
Sem a mesma alegria

Mas não desiste do amor
e inventa quem não viu,
lamenta por quem sumiu
e nem resiste ao torpor

Inglório e santo cortejo,
ele aguarda a cavalaria chegar
e guarda o que havia no mar.
Sóbrio de tanto desejo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Descompasso***

Passos lentos sem ardor,
Aos poucos para chegar
e dos loucos se aproximar.
Laços feitos em dissabor

No querer da anunciação,
Enquanto lá, luzia o farol
Quando já fugia o sol,
Fez desaparecer a solidão

E me desfaço da cor ausente
Fincado no mantra que havia
No descompasso da dor reluzente

Saltando no caminho do depois
Alucinado de tanta nostalgia
Selando o destino de quem já foi

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobras do Acaso. (Esperança)***

Essa casa já foi mais quista
As suas paredes repletas de alma.
Talvez por causa da vista,
Talvez fruto da calma

Certo é que ficou lá atrás
Onde alguns lembram
Outros passam mas,
Nem sempre entram

As memórias ainda pintam a sacada.
O brilho em algum lugar está.
Histórias de páginas viradas,
e sorrisos que viviam por lá

Apenas sentimento puro e latente.
Obras entre o descaso e a lembrança ,
Penas ao vento para ser diferente,
Sobras do acaso que renovam a esperança

E o que parecia se perpetuar,
Aos poucos vai ficando cansado...
Um tanto da alegria em recomeçar,
Que de novo vai sentando ao lado.