Tinha o Seu João lá fora
Todo derramado na velha cadeira
Seu balanço não era de agora
Cansado debaixo da macieira
Dona Rosa molhava o avental
Lavava a louça passada na pia
Nem parecia véspera de Natal
Olhava para o sol que ardia
Seu João deitara na grama alta
Observava os pássaros nos galhos
Mas não descansava, sentia falta
E da cozinha, o cheiro forte de alho
Dona Rosa sabia do gosto do Seu João
Preparava tudo com carinho
Não precisava de data, fazia de coração
Prometeu para si que nunca o deixaria sozinho
As rugas do velho desenhavam um sorriso
Dona Rosa sabia para quem era
A mesa já estava posta como aviso
O verão descansava a primavera
Mas Seu João guardou a última flor
Ofereceu uma singela margarida
A casinha se encheu de amor
Uma flor para o amor da sua vida
Olhos marejados no rosto corado de emoção
Dona Rosa sempre soube que aquele Seu João
Era o verdadeiro dono do seu coração
Simplesmente sabia que aquele era o seu João!
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
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2 comentários:
Que bonito, quero ser a Rosa de um João.
Vim desejar cintilavras nas suas palações de 2007.
=*
Vc nao é o meu Joao. Porque nosso amor nao tem comparaçao.
é amor verdadeiro, talvz bem mais do que este, aquele ou doutro...Mas a gente nao precisa ser mais que ninguem, a gente só precisa ser a gente.
E sabe o porque de eu nao ter recebido amor como o TEU? Porque só vc poderia me dar. E Deus, Ele guardou nossos corações pra serem um só.
Te amo, meu amor!
Da sua Tulipa, porque eu nao gosto de rosas.
Tulipa só é Tulipa na Holanda e assim sou eu, só sou Completa e eu mesma com vc.
Beijoca!
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