sábado, 28 de julho de 2007

Telhado sem Sol***

O telhado não pára de cutucar
Nos vidros, as lágrimas transparecem
Chora apertado para não demonstrar
E dos livros, as páginas desaparecem

A tinta borrou a cor
Falta sal nesse meu almoço
Uma pinta e um anel para a flor
Como decifrar a cabeça desse moço?

Eram apenas dois que sabiam a verdade
A valsa, era de uma música só
Mas pouco depois vem a imensa saudade
O tempo passa e nada de sol

Desejarei tua alma e teu peito
Em algum lugar estará a sorrir assim
Não esquecerei nada, nem mesmo teu jeito
Pois sempre estará aqui, dentro de mim

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