sábado, 8 de julho de 2006

Fim da Metade***

Deixo o resto de café para depois
Ponho-me à tirar a mesa desse jantar
Empresto a fé para nós dois
Sonho com o brindar que não virá

O vento frio que vem da porta
A água que molha o seu cabelo
Está vendo? Nada disso me importa
Nem mágoa, nem hora, nem medo

Deixo que o lume da vela se vá
Fecho as cortinas para as estrelas
Sinto, no teu perfume, aquela paz
Meço nas rimas tão bela princesa

Sou rouco grito que chama por você
Quero, dos teus braços, fazer parte
Tampouco imagino-me sem te ter
Entrego-me, pois sem ti sou metade

Senta aqui do meu ladinho, vai
Agora que estamos vivendo este fim
Esquenta-me um pouquinho mais
Já estou morrendo dentro de mim

3 comentários:

Anônimo disse...

O bom de morrer assim é que a gente se descobre Fênix. Eu estranho morrer de saudade do que não conheço...morro todo dia e continuo vivendo.

Sir William, suas palavras me prenderam em plena madrugada...minhas retinas não se cansam de passear pelas suas letras.

Abraço e beijos

[faltam 14 minutos para às quatro da manhã]

Anônimo disse...

Um poema simples, direto e triste, ao fim. Mas, daquelas tristezas que são mais aceitação do que qualquer outra coisa!

Faz tempo que eu não passava por aqui.

Te convido à passar no meu blog, também!

hahhaa

Abraço forte!

Anônimo disse...

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